domingo, 2 de dezembro de 2007

E As Energias ?


ENERGIA EÓLICA

Fonte
O vento resulta do deslocamento de massas de ar, derivado dos efeitos das diferenças de pressão atmosférica entre duas regiões distintas e é influenciado por efeitos locais como a orografia e a rugosidade do solo.Essas diferenças de pressão têm uma origem térmica estando directamente relacionadas com a radiação solar e os processos de aquecimento das massas de ar.

Tecnologias
Para o aproveitamento da energia eólica existem vários tipos de tecnologia:

- moinhos de vento;

- aeromotores;

- turbinas eólicas ou aerogeradores.
Moinhos de Vento

Os moinhos de vento são utilizados desde a antiguidade para moer cereais ou para bombagem de água. São disso exemplo os muitos moinhos de vento existentes em Portugal, alguns deles ainda em funcionamento.
Aeromotores

Principalmente usados para a extracção de água de poços, muito diversificados nos Estados Unidos e em aplicações do mesmo tipo em Portugal.Devido ao grande factor de "solidez" (número de pás*corda média) este tipo de turbina tem uma reduzida eficiência na extracção de energia do vento quando comparada com as turbinas com apenas duas ou três pás.
Turbinas eólicas

É a principal tecnologia utilizada para a produção de energia eléctrica na actualidade.Existem essencialmente dois tipos de turbinas eólicas:- de eixo horizontal: são o tipo de turbinas mais comuns, de accionamento por forças sustentadoras e aplicadas na maior parte dos parques de produção de energia eléctrica.- de eixo vertical: são também utilizadas para a produção de energia eléctrica. A grande vantagem deste tipo de turbina é a sua independência da direcção do vento, no entanto os esforços nas pás exercidos pela força centrífuga limita a sua velocidade.

Actualidade
Em Portugal, o primeiro parque eólico foi criado em 1988 em Santa Maria (Açores), mas actualmente a distribuição destas centrais abrange quase todo o território nacional com aproximadamente 150 MW de potência instalada até 2001. No entanto só nos últimos 5 anos, com o Programa Energia, é que se criaram algumas condições para o desenvolvimento real deste tipo de energia, mas todavia insuficientes tendo em conta o panorama verificado em países mais favoráveis a energia eólica.
O recurso energético disponível em Portugal estima-se entre os 2.000 MW e os 3.500 MW, para rentabilidades na ordem das 2.500 horas brutas anuais.
Actualmente trabalha-se no desenvolvimento de um "Atlas do vento em Portugal" para melhor avaliação dos potenciais locais de instalação de parques eólicos.Apesar deste potencial, existem uma série de barreiras que têm contribuído para o fraco desenvolvimento da energia eólica em Portugal:- ligação a rede: uma vez que os locais com maior potencial se encontram em locais remotos ou servidos por redes fracas, muitas vezes o escoamento de energia só é conseguido através da construção de novas linhas, o que eleva os custos ou até inviabiliza as operações, sendo também problemática a gestão da atribuição dos pontos de interligação.- impacte ambiental: as principais incidências ambientais habitualmente apontadas são o ruído, o impacto visual e a influência na fauna avícola, no entanto a evolução tecnológica (diminuição dos ruídos, turbinas mais potentes, menor número de unidades a instalar) terá tendência para compatibilizar os dois interesses.

Futuro
Tendo em conta a necessidade do cumprimento da Directiva Comunitária respeitante ao acordo de Quioto, que impõe como meta o aumento da capacidade das energias renováveis para 2.450 MW até 2010, e as novas medidas de apoio, como a remuneração da energia produzida para níveis perto do praticado nos países Europeus, prevê-se a instalação de mais de 2.000 MW de capacidade de geração em energia eólica.
A energia eólica mostra-se como uma das fontes renováveis com maior potencialidade e maior desenvolvimento futuro, não apenas pelas metas estabelecidas, mas também pelo interesse que desperta nas entidades e empresas o desenvolvimento de projectos de grande envergadura e visibilidade, além do retorno financeiro bastante atractivo.

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